
Trava-língua: Imprensa também tropeça nas traduções
Os jornais têm a missão de nos deixar bem informados mas às vezes, infelizmente, fazem o inverso, sobretudo quando incorrem na falta de cuidado com um texto traduzido. Foi o ex-ombudsman da Folha de São Paulo, Mário Magalhães, que listou uma série de traduções equivocadas divulgadas pelo jornal enquanto ele exercia o cargo. Afirmou no ano passado, no próprio jornal: “Enganos de tradução constituem ameaça cotidiana ao jornalismo, onde volta e meia, leem-se em português, incompreensíveis ou distorcidas informações e declarações veiculadas na origem em outro idioma”.
Os jornais têm a missão de nos deixar bem informados mas às vezes, infelizmente, fazem o inverso, sobretudo quando incorrem na falta de cuidado com um texto traduzido. Foi o ex-ombudsman da Folha de São Paulo, Mário Magalhães, que listou uma série de traduções equivocadas divulgadas pelo jornal enquanto ele exercia o cargo. Afirmou no ano passado, no próprio jornal: “Enganos de tradução constituem ameaça cotidiana ao jornalismo, onde volta e meia, leem-se em português, incompreensíveis ou distorcidas informações e declarações veiculadas na origem em outro idioma”.
Vamos à sua listinha de gafes:
Na entrevista com o cientista político David Samuels, seu livro From Socialism to Social Democracy? The Evolution of the Workers Party in Brazil foi traduzido como “Do socialismo à social-democracia? A evolução da festa dos trabalhadores no Brasil”. Dois dias depois, a correção esclareceu que o título se referia ao “Partido dos Trabalhadores” e não a alguma “festa”, como a tradução literal enfatizou.
O “Screen Actors Guild”, sindicato americano de atores de TV e cinema, transformou-se, na Folha, em “entidade de críticos”.
The Palermo Shooting, filme de Wim Wenders, foi tratado como “O tiroteio de Palermo”. Após o alerta de um leitor, na coluna Erramos, o jornal reconheceu que as “traduções mais adequadas” seriam “Fotografando Palermo” ou “Filmando Palermo” – uma vez que shooting tem acepções diversas.
Em agosto passado, o atual ombudsman da Folha, Carlos Eduardo Lins da Silva, colaborou com uma edição do Traduzir em Notícias, quando lembrou que são necessários profissionais especializados para realizar a tradução de notícias: “A estrutura das redações tem a necessidade de incorporar a seus quadros tradutores e consultores de tradução em tempo integral”, destacou.
Só para constar: trava-língua é uma brincadeira para exercitar a dicção. Um bom exemplo é a frase: “Três pratos de trigo para três tigres tristes”, ou, diga rápido e repetidas vezes: imprensa tropeça... Muita gente, porém, não trava só a língua, trava mesmo é o conhecimento no ato de mal traduzir...
Vamos à sua listinha de gafes:
Na entrevista com o cientista político David Samuels, seu livro From Socialism to Social Democracy? The Evolution of the Workers Party in Brazil foi traduzido como “Do socialismo à social-democracia? A evolução da festa dos trabalhadores no Brasil”. Dois dias depois, a correção esclareceu que o título se referia ao “Partido dos Trabalhadores” e não a alguma “festa”, como a tradução literal enfatizou.
O “Screen Actors Guild”, sindicato americano de atores de TV e cinema, transformou-se, na Folha, em “entidade de críticos”.
The Palermo Shooting, filme de Wim Wenders, foi tratado como “O tiroteio de Palermo”. Após o alerta de um leitor, na coluna Erramos, o jornal reconheceu que as “traduções mais adequadas” seriam “Fotografando Palermo” ou “Filmando Palermo” – uma vez que shooting tem acepções diversas.
Em agosto passado, o atual ombudsman da Folha, Carlos Eduardo Lins da Silva, colaborou com uma edição do Traduzir em Notícias, quando lembrou que são necessários profissionais especializados para realizar a tradução de notícias: “A estrutura das redações tem a necessidade de incorporar a seus quadros tradutores e consultores de tradução em tempo integral”, destacou.
Só para constar: trava-língua é uma brincadeira para exercitar a dicção. Um bom exemplo é a frase: “Três pratos de trigo para três tigres tristes”, ou, diga rápido e repetidas vezes: imprensa tropeça... Muita gente, porém, não trava só a língua, trava mesmo é o conhecimento no ato de mal traduzir...